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Blogagem Coletiva Fases da Vida "Morte"



Confesso para vocês que fui relutante em escrever sobre esse tema, mas depois de ter participado de todas as etapas dessa blogagem, não seria dessa vez que eu iria ficar de fora, não é mesmo?!

Reporto-me a um dia que tinha tentado apagar da minha lembrança, mas como isso não é possível, ao falar em morte, sempre me recordo da triste perda que eu e minhas irmãs sofremos ainda "crianças"...

O triste dia em que minha querida mãe, depois de alguns dias internada em um hospital, veio a falecer.

Naquele dia, eu, como a irmã mais velha, fiquei incumbida de "tentar" contar à minha irmã caçula que sua mamãe havia falecido.

Vocês podem imaginar o que é isso???

Hoje, não sei se seria capaz... mas, no dia em questão, a levei a uma igreja, por coincidência a mesma em que fiz minha primeira comunhão, e ali, em meio a uma aula de catecismo, contei-lhe sobre o ocorrido da melhor maneira que pude.

Claro, no momento, ela, em sua pouca idade, não pode mensurar o tamanho da informação que eu lhe passava, somente ao longo dos anos, minha irmã, assim como todas nós, pudemos nos aperceber da grande perda ocorrida naquele triste dia.

Hoje, passados quase 32 anos, ainda guardo comigo a sensação de vazio e impotência do momento.

Mas, tivemos que seguir em frente, e assim, cada uma a seu jeito, conseguimos de certa forma superar a ausência de nossa mãe.

"Amadurecer é se aproximar da morte e sentir o cheiro da insignificância de tudo".

Sinto não poder falar mais sobre o tema, mas esse sincero relato tenta demonstrar minha experiência vivida/sofrida.

"Os especialistas afirmam que, dizer a verdade da morte à criança é sempre a melhor solução. Do contrário, ela descobriria o que realmente aconteceu e se sentiria enganada. Além disso, quando a criança é poupada da dor causada pela morte, ela não aprende a lidar com as perdas que fazem parte da vida."


Agradeço às amigas Gina, Rute e Rosélia pela oportunidade de participar de mais uma etapa da Blogagem Coletiva Fases da Vida.

Um grande beijo a todos!!!


Fontes (mensagens e imagem):
http://cristocentrado.blogspot.com/2011/01/como-falar-de-morte-para-crianca-vm4t07.html
http://inesmarisa7.blogspot.com/2011/04/morte-na-vida-ou-vida-na-morte.html

22 comentários:

Rosa Sumi postou o comentário número:

É mesmo muito difícil falar sobre isso.
Eu, que já passei bem perto dela, com filha pequena ainda, não foi fácil.
Tentei imaginar como seria contar para uma criança que sua mãe se foi...
Eu acho que os Anjos da Guarda protegem muito as crianças nestas horas, por isso só com o tempo vocês perceberam a grande perda.

Bjs, Rosa.

Roselia Bezerra postou o comentário número:

Querida Rachel
"...um ramo de jasmins todo orvalhado"...
(Amara)

Vc foi descrevendo as suas perdas dolorosas mas foi falando também da sua RESILIÊNCIA... Bárbaro!!! O tempo não para e as recordações/vivências não morrem jamais!!!
Amiga, seja muito feliz e abençoada!!!
Também reflito hoje, com uma saudade ainda nem sempre gostosa... dos queridos que se foram... mas um dia chego lá... no Céu e os encontrarei a todos e aí será uma linda festa de amor total...

"Simpatia são dois galhos
Banhados de bons orvalhos"...
(Ieda)
Um maravilhoso mês de setembro, repleto de gotículas de orvalho!!!
Bjm de coração a coração pra VC...

http://espiritual-idade.blogspot.com/

Maria Luiza postou o comentário número:

Rachel, o seu início foi o meu, mas apaguei.Pensamos iguais. Também relutei muito e disse ainda para uma amiga que eu não queria participar pois eu não trabalho esse assunto direito na minha cabeça, apesar de saber tudo direitinho. Mãe é seríssimo quando a gente perde e eu agora fico com pena de meus filhos por tudo o que vão sentir quando eu me for. Mas Deus é Pai! Parabéns! Um beijão!

Sandra Reis postou o comentário número:

Rachel minha querida, esse assunto não é fácil para ninguém, a perda é dolorida, ainda mais em idade tão nova...mas veja pelo lado da tua alma ter sido tão grandiosa de, mesmo estar sofrendo, procurar escolher a maneira de minimizar a dor de sua irmã e tentar lhe passar algum conforto no momento de uma notícia tão triste. Sempre há um ganho para equilibrar uma perda, ao menos eu penso assim. Vocês ganharam fibra e nobreza de espírito e com certeza sua mãe deve ter ficado orgulhosa de vocês. Nossos queridos estão sempre conosco, a gente só não cosegue vê-los. Lindo texto amiga, me emocionou bastante. Também tive uma perda que logo completará um ano, isso me tocou fundo o coração.
Um grande beijo querida

Fê Dayrell postou o comentário número:

Rachel, tratar deste tema é muito difícil e espinhoso, mas o seu texto ficou lindo, real, pude sentir sua dor.
Grande beijo

chica postou o comentário número:

Puxa, Rachel, que história essa.E que parte te cube de contar à irmã...Mas passou ! E tua mãe deve ajudar sempre!!! beijos,tudo de bom,chica

Laura Lucia postou o comentário número:

Rachel,
Lamento pelo seu sofrimento infantil e pela cicatriz dolorida que fica com a gente pelo resto da vida. Mas a vida sempre nos dá uma contrapartida, um ganho, que a gente não teria se não tivesse passado por aquela situação. Você tornou-se uma pessoa forte, generosa e meiga, esculpida pela dor da perda. Você tornou-se um ser humano de primeira linha com o qual vale a pena conviver. Já pensou o quanto isto é maravilhoso? Já pensou o quanto você teve que vencer para tornar-se esta pessoa tão especial? E já pensou que você é uma HEROÍNA, que tornou mais bela a vida por você existir?
Que Deus a cubra de graça. Meu mais afetuoso beijo pra você, Laura Lucia

Virginia Maria de Jesus Fassarella postou o comentário número:

Rachel, voltei para agradecer a sua força lá no blog. Aproveito para consertar a palavra escrita no comentário anterior. "sentindo". Beijos.

Adri postou o comentário número:

Rachel, esse é um assunto mesmo muito difícil, ainda mais quando lembra algo tão doloroso. Obrigada por compartilhar conosco algo tão seu, é preciso muita coragem, como a que você teve há anos atrás, quando teve que ser forte para amparar suas irmãs e seguir em frente. Um beijo!

Arteira.com postou o comentário número:

só tenho uma coisa a dizer...chorei, pois me lembro muito bem desse dia e a cena passou como um filme na minha cabeça...obrigado por sempre ser essa irmã maravilhosa que é. Te amo.

Gina postou o comentário número:

Rachel,
Só agora estou podendo chegar aqui, pois passei a tarde fora.
Aproveitando a imagem que você colocou, posso dizer que aquele dia cinzento e quase sem vida, ficou com uma doce lembrança. Com o passar do tempo, transformou-se numa bela paisagem, porque a vida continua. Decerto, de onde estiver, ela deu a vocês a força que precisaram todos esses anos.
Grata por vencer esse desafio, como uma catarse, colocando pra fora um momento difícil.
Foi bom ter chegado só agora e lido o comentário da sua irmã também.
E a vida continua...
Bjs.

Evanir postou o comentário número:

Coloque em seu coração os sonhos que você tem.
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_¦¦¦¦¦¦¦¦Os poderes que lhe pertencem e o amor mais
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_¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦(_.•´/|\`•._)¦ forte de que é capaz.
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_____¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦E descobrirá a magia de ser feliz!
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¦¦_______¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦ Que Deus ilumine vc e sua sagrada Familia
¦¦¦¦_______¦¦¦¦¦¦¦ ¦¦¦¦¦¦______¦¦¦¦¦Este é o meu desejo para você.
¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦
Um Abençoado e feliz final de semana.
Beijos no coração.
Evanir
muito triste sua postagem minha amiga.

Josy postou o comentário número:

Rachel querida, só tenho a dizer que
Voce é uma mulher de fibra, infelizmente passou por tudo isso, com dor no coração e pior ter que passar isso para sua irmã e mesmo assim manter firmeza. O sofrimento nos faz amadurecer, nos faz mais humanas, e nobres de espírito. Embora sabendo o quanto foi sofrido chegar até o final, achei lindo o texto. Emocionante...beijos querida amiga

Socorro Melo postou o comentário número:

Olá, Rachel!

Nossa! Não dá pra imaginar o tamanho da sua dor... Quem nunca perdeu alguém muito próximo, especialmente a mãe, não sabe avaliar a intensidade de uma perda como essa. Sinto muito!
Mas, resta-nos o consolo da fé, de que há vida além da morte, e um dia, poderemos nos encontrar, nas muitas moradas que Deus nos oferece...

Um abraço
Socorro Melo

a postou o comentário número:

Rachel
Falar nestes momentos menos felizes, (que por infortúnio fazem parte das nossas vidas) são sempre dolorosos, são mágoas que ficam e nunca passam, apenas o tempo apazigua um pouco essa dor. Quando me lembro de um ente próximo meu que tenha falecido, desejo apenas recordar os bons momentos que passámos juntos e deixar essa dor para trás...Não deve ter sido fácil contar à irmã caçula o sucedido, mas por outro lado foi uma vitória que no meu ver sempre tende a aquilibrar uma perda...A vida tem destes momentos, só nos resta ter força, muita paz e serenidade para enfrentar estes momentos!!
Beijinhos

Paula Mello postou o comentário número:

Rachel, vim agradecer e retribuir sua visita ao meu Quintal. Quem sabe você não pensa em um reencontro com sua mãe? A morte não nos separa eternamente, deixa apenas a saudade de almas que se amam e se reencontrarão com certeza.

Beijos!

Carla Maicá postou o comentário número:

Oi, Rachel

Entrei aqui para brincar com vc (eu acho muito engraçado o nome do seu blog) e me deparo com este relato. E mais: bem na hora que começou o Globo Repórter sobre morte. Que coisa!

Recentemente passei por uma perda grande. Foi muito triste. Mas os dias passam, a dor vai sendo amenizada...

Deixo para vc um grande beijo.

Carla Maicá, do Cucina Artusiana

Bel Alves postou o comentário número:

Não saberia como dar uma notícia para uma criança de uma morte, como eu sou muito emotiva,acho que já estaria aos prantos.Mas dado algum momento certamente a gente é forte.Percebo que as crianças são mais fortes que nós, pois eles não tem as responsabilidades que nós temos e pensamos.Mas deve ser doloroso perder alguém que estava sempre junto e amanhã não estará.
Acredito que para vc não foi fácil, pois ainda carrega esse vazio...
Paz e bem

RUTE postou o comentário número:

Olá querida Rachel,
obrigada por ter cedido ao nosso desafio de falar sobre a morte.
É por demais importante o seu testemunho. Surpreendeu-me pela positiva encontrar aqui uma sugestão que defendo, explicar desde cedo o que é a morte a uma criança. Embora já sabemos que as perguntas vão ser muitas e as respostas dificeis de fornecer.

Há uns meses atrás, o cachorro duma amiga minha, morreu numa operação. Não aguentou a anestesia. E minha amiga ficou em pânico:
1º-como contar para as 2 crianças?
2º-como gerir ela própria essa perda emocional?

Achei bonito quando o marido lhe disse para trazer o cachorro para casa, quando a esposa queria deixar o cachorro no veterenário com o objectivo de esconder das crianças o falecimento...

Mas o marido falou para ela que queria que os meninos aprendessem desde cedo como é a vida. Pelo que iria enterrar o cachorro no quintal e assim as crianças poderião sempre visitar o seu fiel amigo.
Bonito, não?
Beijinhos.
Rute
P.s.-Já está postada a nova fase!!!
Mas desta vez é mesmo a última :)

Denise Carreiro postou o comentário número:

Existem vária formas de pensar na morte. Pensar q cerca de 30.000 células morrem em nosso corpo a cada dia. E q elas são substituidas por outras novas. Q cada fase de nossa vida morreu, para q outra viesse. Na verdade participamos de várias "mortes" diariamente. E q isso de alguma forma nos fortalece e aumenta a nossa fé. Mas tb é importante ver q vc teve a sorte de conviver com sua mãe por esse tempo e q de alguma forma ela te ajudou a ser o q vc é hoje. Q Deus te ajude a continuar uma pessoa forte e corajosa. Muita paz!

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